Acelerando e retardando

Nesta ficha, o conceito de tempo é herdeiro da música: trata-se de medir o andamento da sequência (por referência a um metrónomo, por exemplo). Geralmente anotado nas partituras com expressões associadas à motricidade: andante, presto, alegre, lento, etc.

As anotações de rallentando e accelerando fazem parte da linguagem musical universal, juntamente com o tempo rubato; têm a ver com a alteração do tempo musical (ou, se preferem, da cadência métrica).

A mudança de andamento ou ritmo é usada não só na música, mas também no cinema (em especial nas bandas sonoras do cinema de animação), na poesia, na declamação, etc., pois sugerem alterações motoras – e portanto emocionais. Um acelerando contínuo prolongado pode sugerir ou sublinhar um estado de excitação crescente, a aproximação de um perigo, em suma, a espectativa de um clímax; um retardando contínuo prolongado pode sugerir um anticlímax, uma descompressão, etc.

Na montagem de cinema e som, as mudanças dinâmicas desempenham um importante papel na evolução narrativa e na criação de um ambiente emocional.

O tempo rubato (literalmente «tempo roubado»), termo usado em notação musical, designa sucessivas mudanças de andamento, geralmente entregues ao critério do intérprete. Embora esta designação não seja usada na montagem de som, da imagem e da literatura, o facto é que também aí ocorre este paradigma.

 Outros recursos instrumentais de tipo dinâmico:

• Choro e trémulo electroacústico
• Compressão, expansão e limitação
• Crescendo, diminuendo, fading, vaga
• Staccato
• Trémolo e vibrato